O Grupo de Estudos Brasilidades está retomando seus encontros de forma virtual!
“Querides todos,
Queremos convidá-los para um primeiro encontro virtual do nosso grupo “Brasilidades”, no dia 19/08, às 16h30.
Continuaremos nosso estudo do ciclo do ano adentrando na primavera e seus encantos!
Até lá!
Abraços saudosos,
Glauce e Luciana”
Sobre o grupo
“Enquanto me penso brasileiro e você pode ter a certeza que nunca me penso paulista, graças a Deus tenho bastante largueza dentro de mim pra toda esta costa e sertão da gente, quando me penso brasileiro e trabalho e amo que nem brasileiro…”
Com as palavras de Mario de Andrade à Câmara Cascudo em uma de suas longas e calorosas cartas sobre o Brasil, o grupo de estudos “Brasilidades” propõe uma reflexão profunda sobre o que é a formação de identidade, a atribuição de sentido e significado para o povo brasileiro, bem como a importância da cultura popular nesse processo e no desenvolvimento de cada indivíduo.
Através de estudos e vivências, abordaremos diferentes manifestações populares que acontecem por todo país, sempre carregando a pergunta de qual o papel do educador frente às grandes tradições populares, qual a importância de vivenciar a cultura popular na sala de aula e como fazê-la da melhor maneira, sob a luz da pedagogia antroposófica.
“Tem momentos que eu tenho fome, mas positivamente fome física, fome estomacal de Brasil agora. Até que enfim sinto que é dele que me alimento!”
Mario de Andrade
Brasilidades para todos
Temas dos encontros de 2019:
Páscoa
Celebrar morte e renascimento com as crianças não é tão fácil. Quais imagens podemos usar? O que acontece no ciclo do ano e que ponto representa a Páscoa nesse grande ciclo?
Data: 14/03/19, quinta-feira, na Escola Livre Areté
São João
É tempo de acender fogueira, preparar o arroz doce, a canjica, a paçoca e estourar pipoca! Que Santo é esse que nos proporciona tanto calor no coração? O que está por detrás dessa grande festa? Como se festeja São João? Traga suas reflexões para nosso grande arraiá de ideias!
Data: 6/06/19 na FRS
O corpo, os gestos e o som nas manifestações populares – um olhar a partir da euritmia
Como o corpo ressoa o que vive no ambiente que o circunda?
O que são as forças arquetípicas e como elas se movimentam?
E na euritmia?
Existe uma euritmia regional?
O encontro abordará as linguagens do corpo, em especial a euritmia e de como os arquétipos se manifestam e reverberam, a partir da linguagem local, em cada lugar, em especial, no Brasil.
Convidada: Euritmista brasileira Marcia Ferreira, residente na Alemanha, que vem se especializando no tema em sua tese de mestrado na Universidade Alanus.
Data: 14/08/19 na FRS
Brasilidades para Professores Waldorf
Ano de centenário da Pedagogia Waldorf no mundo, sendo 63 anos de pedagogia Waldorf no Brasil, é com alegria e responsabilidade que nós, professores Waldorf, nos perguntamos: Como fomos até agora? Como serão os próximos 100 anos?
Em busca de uma roupagem própria, para um país tropical, olhando para todos os desafios de um povo mestiço e emergente, a contemporaneidade exige dos professores Waldorf um olhar especial para seu povo, sua cultura, seu ambiente, suas origens e raízes. Sempre apoiados na antroposofia, esse grupo de estudos visa dedicar-se, exclusivamente com professores já vinculados a Pedagogia Waldorf, temas que dizem respeito a “Cultura Popular e Pedagogia Waldorf”.
Nossa sugestão é um estudo da seguinte apostila:
“A Vivência do decurso do ano em 4 Imaginações Cósmicas” – GA 229
Porém, sugestões de outros estudos serão muito bem vindos.
Encontros 2019
22/03, sexta-feira, 15h30 na FRS
24/04, quarta-feira, 16h30 na FRS
29/05, quarta-feira, 16h30 na FRS
18/09, quarta-feira, das 16h30 na FRS
13/11, quarta-feira, das 16h30 na FRS
Encontros 2020
Tema de estudo: apostila “A vivência do decurso do ano em 4 imaginações cósmicas”
12/02 às 16h30, na FRS
11/03 às 16h30, na Areté
19/08 às 16h30, Plataforma Zoom
21/10 às 16h30, Plataforma Zoom
18/11 às 16h30, Plataforma Zoom
Como participar
Formulário de Inscrição.
Encontros gratuitos, inscrição obrigatória.
Coordenação
Glauce Kalisch
Pedagoga pelo Centro de Formação de Professores Waldorf de São Paulo. Atuou por 9 anos na Educação Infantil da Escola Waldorf Rudolf Steiner/SP. Professora da Educação Infantil da Escola Livre Areté/SP.
Vem desenvolvendo encontros, palestras e grupos de estudos junto a Faculdade Rudolf Steiner voltados para a educação infantil e na linha de pesquisa da Brasilidade. Engajada com o movimento antroposófico no Brasil, é membro da Seção Pedagógica, colabora com a Federação de Escolas Waldorf do Brasil atuando em diversas frentes de trabalho.Luciana Sapia
Nascida em São Paulo, estudou ciências sociais na USP, com ênfase em antropologia. Formada em Pedagogia Waldorf no seminário de formação de professores waldorf na escola Rudolf Steiner. Pesquisadora da cultura popular brasileira, professora no ensino infantil desde 2008. Atualmente professora no jardim de infância da Escola Livre Areté, escola antroposófica em São Paulo. Coordena o grupo Brasilidades, de estudos da alma brasileira, ao lado de Glauce Kalisch.
Depoimentos
O Grupo de Estudos Brasilidades recebe de bom grado os convites que chegam para trocar um dedinho de prosa nas escolas que o convidam.
Esse ano as conversas tem rendido muito pelo Colégio Micael de São Paulo que nos convidou para 4 palestras sobre as principais festas do ciclo do ano. Já brincamos Bumba meu Boi abordando o calor das fogueiras de São João bem como falamos do equilíbrio e da coragem do encontro para viver a época de Micael na primavera.
Abaixo, um relato caloroso de uma de suas professoras:
“Queridas Glauce e Luciana,
Gostaria de agradecer, imensamente, pelo presente que nos ofertaram, ontem. Foi, realmente, maravilhoso e enriquecedor!!! A resposta dos pais à palestra que ministraram sobre Micael foi imediata, repercutindo forte em minha reunião de classe, de forma muito positiva e até, criativa. O refletir e repensar cada coisa que fazemos e, em especial no caso, as Festas do Ano, para que continuem sempre vivas em nossos pensamentos, sentimentos e ações, se espalhou na vontade de buscar novo entendimento e percepção acerca da essência, para que o atuar consciente se efetive. Muitas vezes caímos na repetição natural, mas não aprofundada, das tradições, sem buscar o verdadeiro significado que está por trás da razão de ser da celebração. Vivificar é preciso! Buscar no “velho”, o “novo”, no geral, o nosso particular, foi alegria expressa na vivacidade da conversa que se seguiu, com um impulso primaveril, que se instalou, cheio de ideias! Encontrar a “cura” de Rafael, na coragem de Micael e a doçura de um, na força férrea do outro… São Cosme e São Damião, os Ibejis africanos… nossas raízes, nossa terra, nossa gente! Divinos desafios, numa eterna busca de estar presente a cada instante, nessa nossa jornada terrestre. Gratidão!
Professora Marta Veiga, do Colégio Micael”
Outras iniciativas
Além dos encontros do Grupo de Estudos, são iniciativas do Brasilidades os Cursos de Extensão:
Dançando os mitos e símbolos dos Orixás
O caminho dos Orixás através dos quatro elementos – uma vivência na aquarela
(Inscrições abertas)
Artigo
Cantos de Trabalho, de Glauce Kalisch
Histórico
2016
Cantos de Trabalho – Com Renata Mattar
“Lavar e varrer cantando e marcando o ritmo ao som dos utensílios domésticos é muitas vezes mais do que trabalho, é profissão de fé.”
(Projeto Sonora Brasil, SESC)
O que veio primeiro na história do ser humano, a música ou o trabalho? Experimentando a relação que acontece entre os dois âmbitos, tivemos a oportunidade de trabalhar cantando e saber um pouco mais sobre algumas das diversas comunidades Brasil a fora onde os trabalhos manuais são conduzidos por riquíssimos cantos.
A musica que embala o trabalho, que marca seu ritmo, seu tempo, que é meio de expressão, de manifestação, de alívio para seus trabalhadores. Cantos de lavadeiras, destaladeiras de fumo, batedores de feijão, batas de milho, descasdeiras de mandioca, pescadores, e outros, foram entoados em nossos encontros que culminou em uma bela “paçocada” que fizemos. A pesquisadora e cantora Renata Mattar nos embalou com sua sanfona e depois de muita cantoria, abordamos o tema do ponto de vista pedagógico e sua aplicabilidade.
“Trabalho e música configuram-se como poderosos elementos de congraçamento, erigindo contextos sociais, reafirmando laços de amizade e de compartir e estreitando a cumplicidade entre os envolvidos.”
(Material produzido por Sesc – Sonora Brasil)
2017
A Festa do Divino Espírito Santo – Com as Caixeiras da Família Menezes
2018
Brinquedos e brincadeiras do Brasil
“Um homem somente brinca quando é humano… e só se torna plenamente humano quando brinca.” (Friedrich Schiller)
Como brincam as crianças de nosso Brasil? Qual a relação entre o trabalho, o fazer do adulto e o brincar da criança?
Celebrando Micael e a Primavera, uma abordagem a partir da cultura popular brasileira
